Música

A história da música caipira

História da música caipira
Conheça a história da música caipira

A música caipira se reinventa a cada dia e nunca deixa de fazer sucesso. Hoje existem várias vertentes: o sertanejo de raiz, o universitário e o romântico. Todas elas começaram lá atrás, por volta de 1910, com compositores rurais e urbanos ao som da viola. Uma das características comuns aos artistas da época era a formação de duplas e cantores com a voz mais aguda e nasalada.

Atualmente, vemos muitos artistas solos entoando o ritmo caipira com diferentes características vocais e fazendo sucesso ao som de variados instrumentos musicais. Conheça um pouco mais sobre a história desse gênero musical que deixa qualquer cowboy apaixonado!

O cotidiano rural na voz dos sertanejos

O primeiro ícone da história da música caipira foi o jornalista e escritor Cornélio Pires. O artista gravou os primeiros discos sertanejos com algumas das canções que já faziam sucesso entre o público rural da época e também com anedotas que havia escrito. As letras falaram sobre o homem do interior, a paisagem rural e o cotidiano daquele povo.

Ao longo do tempo, artistas do mesmo gênero seguiram essa tendência, como Alvarenga & Ranchinho, Vieira & Vieirinha e a famosa dupla Tunico & Tinoco. Hoje em dia, podemos ouvir esse estilo conhecido como sertanejo de raiz na voz de Inezita Barroso e Mazinho Quevedo.

Na época de Cornélio a música caipira não era tão conhecida e apreciada. Foi o grande escritor que deu o primeiro passo para a popularização do gênero. Era muito comum associar a imagem do caipira a um homem ignorante e incapaz de criar uma composição elaborada. Os artistas geralmente tinham um trabalho paralelo para trazer renda, muitas vezes associado à lavoura ou outros serviços do campo. Só a partir da década de 1960 que as portas se abriram para cantores do ramo.

 

Novas influências transformam o som caipira

Após a Segunda Guerra Mundial, a música caipira ganhou novas características com a influência de estilos europeus. As letras tornaram-se mais românticas, mas ainda contavam histórias do homem do campo. Na época, se destacaram nomes como as Irmãs Galvão, Cascatinha & Inhama, Irmãs Castro e Palmeira & Biá.

A dupla de grande sucesso Milionário e José Rico seguia a mesma linha que seus conterrâneos, mas acrescentou elementos mexicanos com floreios de violino e trompete. Outro artista a dar um toque pessoal ao ritmo sertanejo foi Tião Carreiro, o precursor do pagode. Suas músicas tinham como base a viola e letras que falavam da vida na roça.

 

A música sertaneja em tempos modernos

Certo  dia chega às duplas sertanejas a famosa guitarra elétrica. A dupla Léo Canhoto & Robertinho uniu o instrumento do ritmo jovem à viola e marcou a fase da moderna música sertaneja no final da década de 1960. No entanto, muitos outros artistas mantiveram a composição original, usando apenas a viola e o violão como instrumentos de suas criações.

Um dos grandes nomes da música caipira na década de 1970 foi Sérgio Reis, um dos integrantes do movimento Jovem Guarda. Na época, era comum que os shows sertanejos acontecessem em lugares como circos, rodeios e, principalmente, nas radios AM. Quando chegamos aos anos 1980, as vozes caipiras foram parar nas radios FM e na televisão. Foi nesse mesmo momento que surgiram grandes nomes, alguns que ainda fazem parte do cenário atual da música sertaneja: Renato Teixeira, Trio Parada Dura, Chitãozinho & Xororó, Leandro & Leonardo, João Paulo & Daniel, Chico Rey & Paraná, Gian & Giovani, entre muitos outros.

 

Chega o ano 2000 com o movimento universitário

A indústria fonográfica acompanhou o crescimento da música caipira e não perdeu tempo, criando um movimento parecido chamado de sertanejo universitário. A novidade foi um sucesso e não para de ganhar adptos. Entre duplas que fizeram parte desse primeiro momento do gênero estão Guilherme & Santiago, Bruno & Marrone, Edson & Hudson, Victor & Leo, Fernando & Sorocaba, entre outros. Temos ainda artistas solos como Gusttavo Lima, Luan Santana, Michel Teló e Marilia Mendonça.

 

As diferenças do sertanejo pelo Brasil

Antigamente, era muito comum ver que a música sertaneja tinha particularidades distintas de acordo com a região do Brasil. No Nordeste do País era super comum o uso da sanfona durante as apresentações caipiras. Já no Centro-Oeste, Sudeste e Sul, as características mais marcantes são o som da viola e das duas vozes em sintonia.

 

Gênero musical e moda

Quem curte o mundo sertanejo sabe que a música e a moda caminham juntos. Desde o início da popularização do gênero a linguagem, o vestuário e as tendências culturais eram muito característicos do universo rural. Ao longo do tempo, as roupas e acessórios no estilo country também passaram por modificações. Hoje temos peças para todos os gostos, desde quem curte o som da viola ao modo antigo até quem adora dançar no ritmo do sertanejo universitário.

 

Gostou de saber um pouco mais sobre a história da música caipira? Continue ligado nos artigos do nosso blog e fique sempre informado sobre o mundo country!